Skore
Author: Alex Beserra
Desde dezembro de 2007 o Skore está trabalhando em estúdio para gravar seu primeiro álbum, que será lançado muito em breve. A produção está por conta de Alexandre Griva, gravado no "Melhor do Mundo Estudios", pelo selo Onelife.
Do Rio de Janeiro, a banda é formada por Belém (vocal), Dek (teclado, sintetizadores e vocal), Pv (guitarra), Castilho (guitarra e vocal), Hugo (baixo) e Thitx (bateria). No início da carreira o Skore fazia composições em inglês, das quais geraram as demos To All The Assholes (2000) e Things Of Love (2001). Em 2002, já cantando em português, foi a vez da demo Más Notícias, gravado em formato de cd pelo selo Gepeto Records. No ano seguinte a banda obteve um reconhecimento maior, fizeram mais shows e começaram a tocar fora do Rio, com uma demo gravada ao vivo. Em 2005 os cariocas receberam muitos elogios com novas músicas que foram divulgadas na internet. O último registro da banda foi um EP, lançado em 2006.
Nesses oito anos de estrada, várias mudanças ocorreram na formação do Skore. Só em dois anos, cinco bateristas assumiram as baquetas do grupo. Surpreendentemente eles resistiram e continuam em atividade, agora é apenas o primeiro disco que está por vir. Castilho e Dek falaram um pouco mais sobre a banda em entrevista ao Sub-Rock.
Sub-Rock: "Ex-namoradas, filmes e séries de TV, Winning Eleven, pizza com cerveja, hip-hop e torcida para o Flamengo, tudo misturado. Agora imagine isso em um cemitério". O que representa esse 'cartão de visita' do Skore?
Castilho: [risos] Bom, nossas músicas falam sobre ex-namoradas, filmes e séries de TV, nós gostamos de jogar Winning Eleven e comer pizza, vamos à festas e dançamos Hip Hop, fazemos parte de uma torcida do Flamengo (Flarock), e o Skore tem um clima meio cemitério, porque a banda já devia ter acabado há uns cinco anos, mas nos mativemos vivos, ou mortos vivos! [risos] Mentira! Não sei porque tem cemitério o Dek quem escreveu. Acho que é porque nossas músicas sempre falam de coisas relacionadas à morte ou coisas negativas, o que demonstra exatamente o que não somos. Mas esse cartão de visita aí não é pra levar muito sério não, é só para resumir em poucas palavras o que nós gostamos de fazer. Acho que a banda é um reflexo do que nós somos e nós mudamos o tempo todo, então isso aí daqui há um ano não fará mais o menor sentido.
Dek: Essas foram as palavras que eu encontrei pra, de forma resumida, representar o clima da banda. Por algum motivo obscuro, nossas músicas acabam sempre soando muito dramáticas, quando na verdade nós não somos nada disso no dia-a-dia. Você normalmente não vai nos ver chorando pelos cantos, cortando os pulsos e matando pessoas por aí, posso te garantir isso! [risos]. Então acho engraçado esse constraste e tal.
Sub-Rock: A comnidade da banda no Orkut está atingindo a marca de 8000 membros. Como você explica esse reconhecimento?
Castilho: Bom, acho ótimo que as pessoas gostem da banda. Infelizmente nos últimos dois anos não conseguimos fazer metade do que queriamos. Foram pouquíssimos shows, o cd não saiu, várias pessoas saíram da banda... Mas ainda assim a galera se manteve firme na comunidade e sempre esperando novidades da banda. Pô! Acho foda isso, sério! Eu não teria tanta paciência assim. Felizmente, em breve nosso cd ficará pronto e todas as pessoas poderão ouvir o novo som da banda. Espero que gostem e que a espera tenha valido a pena.
Dek: O que eu acho mais legal dessa comunidade é que ela é grande, mas ainda é mantida por nós mesmos da banda. Algumas bandas, conforme vão ganhando mais repercussão, perdem a paciência e botam alguém pra cuidar dessas mídias: Orkut, Fotolog, MySpace... Com isso acaba perdendo um pouco o contato dos integrantes com a galera que ouve, o que é meio chato. Acho que conforme a galera vê que nós mesmos respondemos no Orkut, com perfis pessoais e não perfis criados pra responder assuntos da banda, eles vão se sentindo mais confortáveis pra continuar entrando na comunidade e trocando uma idéia com a gente, ao invés de entrar em comunidades de banda que só tem uma meia dúzia de promoções, divulgação de show e tal.
Sub-Rock: Falando ainda sobre Orkut, vocês criaram criaram um tópico no fórum da comunidade querendo saber a opinião dos fãs sobre os gritos nas músicas. Por que tomaram essa atitude?
Castilho: A gente quis se vender! Mas ninguém quis nos comprar, então continuamos com os gritos! [risos] Brincadeira, esse foi um tópico criado há muito tempo, e de vez em quando ele volta à tona. Na época desse tópico nós tinhamos o vocalista antigo ainda na banda, e a maioria das músicas "novas" eram gritadas. A gente ficou meio dividido quanto à isso e pedimos opiniões, que não ajudaram em nada, já que a metade gosta de grito e a outra metade não, igualzinhos à nós mesmos [risos]. Aí mandamos um "foda-se"´pra todo mundo e fomos fazer o que achávamos melhor, independente do que as pessoas de fora acham. Mas com a entrada do novo vocalista algumas músicas deixaram de ser berradas e passaram a ser cantadas.
Dek: Eu sou parte da banda que é totalmente a favor de continuar os berros. Já foi até considerado fazer duas versões do cd, uma com gritos e outra sem [risos]. Mas acho que aos poucos conseguimos chegar à um acordo. Deixamos gritos e melodia ao mesmo tempo, um ou outro de fundo [risos].Sub-Rock: Pela linha de som que vocês fazem, as pessoas acham curioso o fato do Skore ter um tecladista na banda ?
Dek: O Castilho e o Pv se cansaram de ficar pisando em 50 bilhões de pedais de efeitos e decidiram me chamar [risos]
Castilho: Não sei o que as pessoas acham, e também não me importo [risos]. Acho que baixo, guitarra distorcida e bateria ficou pouco pra gente, então procuramos outros instrumentos, efeitos de guitarra, coisas eletrônicas... Mas na verdade poucas pessoas conhecem isso ainda. As músicas que estão na internet não tem nada disso, porque são gravações velhas, de 2005. No MySpace tem uma música ao vivo que é mais recente e já tem um pouco dessas coisas. Mas pra gente foi bem natural. Durante uma época nós já usávamos muitos efeitos de guitarra e se encaixaram perfeitamente com o sintetizador e teclados que usamos hoje.
Sub-Rock: Com tantas mudanças na formação do grupo, em algum momento vocês pensaram que a banda acabaria?
Castilho: Sim, sempre achamos isso. Mas a gente gosta bastante de tocar nossas músicas e de fazer coisas que estão no "cartão de visitas" [risos]. Então não tem por quê acabar com a banda. Quem não estiver satisfeito que saia e dê lugar para alguém mais interessado.
Dek: Isso é muito é comum, o pessoal achar que a banda vai acabar porque a formação mudou. Acho que, se alguma coisa não está funcionando, tem que se consertar justamente pra dar um novo gás a banda. O Engenheiros do Hawaii mudou a formação umas 500 vezes e está aí até hoje. Acho que, enquanto o coração da banda pulsa e continuamos tendo amor por aquilo que a gente faz, a banda não termina.
Sub-Rock: Quando e por que vocês assumiram compor as músicas em português?
Castilho: Acho que foi em 2002, quando nenhuma banda do
gênero cantava em português, acho que só o Emoponto. E acho que isso se deu porque em 2000 não tinhamos referências de Hard Core em português. As bandas que gostávamos eram gringas e cantavam em inglês, e nós fazíamos o mesmo. Não tinhamos um sonho de sermos Rockstars no Brasil, e na época não tinha nenhum, que eu achasse maneiro. E confesso que, na época, eu achava meio estranho as coisas cantadas em português. Mas com o tempo isso foi mudando, hoje em dia temos referências de Hard Core em português, aí ficou mais fácil assimilar. Acho que depois que o CPM 22 assinou contrato com uma grande gravadora, todo mundo começou a olha diferente para as letras em português, e acho que foi aí que começamos a cantar em português.
Hoje em dia, uma banda que começa, já começa ouvindo coisas em português: CPM 22, NX Zero, Fresno, Forfun... Mas nós éramos acostumados a ouvir Offspring, Green Day, NOFX, Bad Religion, Blink-182...
Dek: Agora estamos seguindo o caminho inverso, inclusive já escrevi versões em inglês de algumas das nossas músicas [risos]. Quem sabe um dia a gente não lança?
Sub-Rock: E sobre o novo cd? Podem adiantar mais novidades para os fãs que estão acompanhando a banda e para as pessoas que querem conhecê-los?
Castilho: O novo cd tá ficando legal, nós tomamos muito cuidado com a produção e gravação dele. São 13 músicas, que contam uma história como se fosse um filme.
Dek: Na comunidade so Skore eu fiz um "diário de gravação" do período que passamos em estúdio, então tem bastante coisa lá sobre a gravação. Fiquei até com medo de ninguém ter saco de ler aquilo lá [risos]. Em relação à história, o máximo que posso adiantar aqui, agora, é que é uma mistura de Romeu e Julieta com brilho eterno de uma mente sem lembranças com qualquer filme de terror que tenha assassinos e fantasmas.
Links
MySpace:
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=33792916
Fotolog:
Comunidade no Orkut:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=65698

